O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou que os índices de criminalidade no Estado começaram a apresentar melhora significativa, especialmente nos meses de abril e maio, e associou o resultado a medidas de reestruturação nas forças de segurança estaduais e à atuação conjunta com o governo Federal no combate ao tráfico de armas e drogas. A declaração foi dada em entrevista ao Migalhas sobre segurança pública e enfrentamento ao crime organizado.
De acordo com Castro, a melhora nos dados de segurança é reflexo do trabalho integrado entre as esferas estadual e Federal. Ele destacou que o Estado do Rio de Janeiro tem apreendido anualmente cerca de 700 fuzis, número consideravelmente superior ao da Bahia, segundo colocada, com 78 armas do tipo. Para o governador, esse dado revela a dimensão do desafio enfrentado pelas forças de segurança do Estado diante de criminosos fortemente armados.
“O problema é de década”, disse Castro ao comentar a histórica crise de segurança no Rio. No entanto, segundo ele, os dados mais recentes indicam avanço nos esforços de contenção da violência. “A gente começa a ver o trabalho todo que está sendo feito dar resultado”, afirmou.
O governador ressaltou ainda a implementação de câmeras corporais nas fardas dos policiais como instrumento relevante para o controle das ações policiais e garantia da legalidade das operações. Segundo ele, o Rio de Janeiro foi o primeiro Estado a adotar a medida de forma ampla, antes mesmo de decisões do STF sobre o tema.
“Foi uma lei minha, eu mandei a lei para a Assembleia e já começamos a implantar no final de 2022. Hoje nós já temos praticamente toda a polícia usando câmera”, afirmou. Para Castro, o uso de câmeras auxilia na fiscalização do cumprimento da lei pelos agentes, ao mesmo tempo que fortalece o combate à criminalidade.
Na avaliação do governador, a atuação policial precisa ser firme diante de ameaças armadas: “A polícia, ela repele uma ameaça”, disse, ao defender as ações das forças de segurança. Ele reiterou que o foco é proteger a população e desarticular grupos criminosos que operam com grande poder de fogo no Estado.
O evento
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