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É válida justa causa de mulher que apostava no Tigrinho durante trabalho

Magistrado entendeu que jogos de azar e descumprimento de regras ficaram provados pela ausência de defesa.

20/8/2025

Vendedora que apostava no "Tigrinho" durante expediente tem demissão por justa causa mantida. A decisão é do juiz do Trabalho Charles Luz de Trois, da 4ª vara de Porto Velho/RO, que reconheceu como incontroversas as acusações de prática de jogos de azar e insubordinação diante da ausência de contestação pela trabalhadora.

Na ação trabalhista, a vendedora pediu a reversão da dispensa por justa causa, alegando nulidade da demissão e pleiteando a reintegração ao emprego, além do pagamento de verbas rescisórias e diferenças salariais.

De acordo com a loja de roupas, a trabalhadora teria praticado o jogo de azar conhecido como “Tigrinho” durante o expediente, além de se ausentar sem autorização, entregar peças sem pagamento e descumprir regras internas. As acusações também apontaram comportamento insubordinado.

Justiça mantém justa causa de vendedora que jogava “tigrinho” durante expediente.(Imagem: Adobe Stock)

Na sentença, o magistrado ressaltou que os fatos narrados não foram contestados pela trabalhadora e que se enquadram no art. 482 da CLT, que prevê a demissão por atos de indisciplina e insubordinação.

“Sendo assim, diante da arguição de tais fatos relevantes, incontroversos e que se amoldam ao art. 482, ‘e’ e ‘l’, da CLT, reconheço o término da relação por justa causa."

Com isso, a trabalhadora perdeu o direito às verbas rescisórias típicas de uma dispensa imotivada, como férias proporcionais, 13º salário e multa de 40% sobre o FGTS.

Leia a decisão.

Veja a versão completa

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