A 1ª turma do STF iniciou nesta terça-feira, 9, a sessão da tarde do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete acusados por tentativa de golpe de Estado e crimes correlatos.
Durante seu voto, o ministro Flávio Dino ressaltou que as tentativas do ex-presidente e de seus apoiadores, em 2022, de descredibilizar as urnas eletrônicas tinham como objetivo transmitir a ideia de que o processo eleitoral estaria viciado por fraude.
“Já houve a lembrança, pelo eminente relator, o quanto aos atos conduzentes à deslegitimação da Justiça Eleitoral e friso, não é deslegitimação das urnas, é deslegitimação, aí cabe o raciocínio, deslegitimar a urna é crime e meio, o fim é dizer, a eleição é fraudada."
Na sequência, Dino mencionou a disseminação de notícias falsas relacionadas às eleições, incluindo a fake news sobre a suposta existência de uma “sala escura” no TSE.
“É como a história da sala escura do TSE. Eu tinha muito medo de um dia ter que ir ao TSE e precisar ir nessa sala escura. Ainda bem que o ministro Alexandre esclareceu que ela não existe. Mas essas histórias de sala escura, código-fonte. Tinha um escopo, que não era discutir a tecnologia. Era dizer que esse ente estatal é fraudador da vontade popular.”
A “sala escura” é um boato que circulou em eleições anteriores, principalmente em 2018 e 2022. A fake news dizia que existia uma sala secreta no TSE onde os votos das urnas eletrônicas seriam manipulados antes do resultado ser divulgado.
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