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Dino diz que golpe de 1964 não teve tantas provas quanto trama golpista

Além do ministro, Cármen Lúcia também destacou que a tentativa de golpe de 2022 deixou rastros imediatos e abundantes, fruto até da própria ostentação dos envolvidos.

11/9/2025

Durante o julgamento da ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus, os ministros Flávio Dino e Cármen Lúcia ressaltaram a abundância de provas reunidas no processo, em contraste com momentos anteriores da história brasileira.

O ministro Flávio Dino observou que, ao contrário do golpe de 1964, em que a comprovação documental só emergiu décadas depois com a abertura de arquivos estrangeiros, a tentativa de ruptura em 2022 deixou registros fartos e imediatos.

Para Dino, trata-se de um “standard probatório” robusto, baseado não apenas em testemunhos, mas também em documentos que confirmam a articulação dos acusados.

Confira:

Na sequência, a ministra Cármen Lúcia concordou e acrescentou que o excesso de provas decorre também de um traço cultural contemporâneo: a ânsia de se mostrar.

Segundo ela, muitos dos envolvidos deixaram rastros ao registrar seus próprios atos, como projetos, maquetes e até fotografias, quase como quem exibe hábitos cotidianos nas redes sociais.

A ministra citou que, em uma das operações, foi apreendido um documento intitulado “Memórias Importantes”, que trazia anotações ligadas à conspiração golpista.

Veja:

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