Nesta quinta-feira, 11, a 1ª turma do STF decidiu pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 7 réus.
A conclusão do julgamento atraiu atenção da imprensa estrangeira, que citou o julgamento como histórico.
Os jornais também defenderam a importância da condenação para o Brasil, que já sofreu inúmeros golpes, e citaram a possibilidade de inflamação entre Lula e Trump.
The Guardian: o jornal britânico disse que a maioria dada pelo STF deve fazer com que o ex-presidente se mantenha na cadeia por décadas por liderar a organização crimininosa para o golpe. O veículo também apontou o voto divergente do ministro Luiz Fux. De acordo com o veículo: "Ao dar seu voto decisivo, Rocha denunciou o que chamou de tentativa de 'semear a semente maligna da antidemocracia' no Brasil, mas comemorou como as instituições do país sobreviveram e estão reagindo."
Reuters: destacou que a condenação de Bolsonaro pelo STF representa um marco histórico, por ser o primeiro ex-presidente do Brasil condenado por atentado à democracia. O texto enfatiza o peso simbólico da decisão, descrita pela ministra Cármen Lúcia como um "encontro do Brasil com seu passado, presente e futuro", e contextualiza o caso no cenário internacional, relacionando-o a condenações recentes de líderes da extrema direita em outros países.
The Washington Post: disse que a defesa do ex-presidente deve recorrer a decisão, mas que Bolsonaro deve enfrentar longa pena de reclusão. O veículo afirmou que parte da sociedade brasileira espera que a condenação de Bolsonaro represente ponto de virada para o país, que já sofreu de outras tentativas de golpe.
The New York Times: ponderou que decisão pode intensificar conflito entre Brasil e Estados Unidos. O jornal disse que o ex-presidente foi condenado por: "por liderar uma conspiração fracassada para anular as eleições de 2022 em um plano de golpe que incluía dissolver os tribunais, dar poderes às Forças Armadas e assassinar o presidente eleito".
The Wall Street Journal: também frizou que a condenação deve "inflamar" relação entre Lula e Trump e focou na taxação de 50% imposta por Trump. De acordo com o jornal: "Mandar Bolsonaro, de 70 anos, para a prisão seria um desafio aos esforços de Trump para sabotar um caso que eletrizou o maior país da América Latina e colocou o Brasil no centro da guerra comercial do governo americano".
El País: para o jornal espanhol, o Brasil deu "um passo importante contra a impunidade" ao condenar Bolsonaro, além de destacar o voto decisivo ter sido dado pela única mulher do STF. O veículo ainda citou a pressão internacional sobre o julgamento.
Clarín: o jornal argentino classificou o julgamento como histórico e disse que o ex-presidente pode pegar até 40 anos de prisão. O veículo reinterou que Bolsonaro já se encontra preso em prisão domiciliar.
BBC: reportagem cita que o ex-presidente sempre afirmou ser inocente e que "embora o plano não tenha conseguido apoio militar suficiente para prosseguir, ele culminou na invasão de prédios do governo pelos apoiadores de Bolsonaro em 8 de janeiro de 2023, concluíram os juízes".
The Economist: o jornal chamou a condenação de "histórica", devido aos inúmeros golpes sofridos pelo Brasil, citando desde a independência do país até a ditadura militar "que governou entre 1964 a 1985 e matou centenas de pessoas". O veículo também relembrou fala de Bolsonaro, quando disse que não seria preso se perdesse as eleições, afirmando que ele "estava errado".