A imprensa internacional repercutiu amplamente, neste sábado, 22, a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes e cumprida pela Polícia Federal nas primeiras horas da manhã.
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Portais e jornais de diversos países repercutiram os fundamentos da decisão, especialmente o risco de fuga apontado pelo relator após a violação da tornozeleira eletrônica.
No Reino Unido, o The Guardian estampou em sua capa a foto de Bolsonaro, afirmando que a polícia brasileira o prendeu “em meio a suspeitas de que preparava fuga”, mencionando a hipótese de busca por abrigo em embaixada estrangeira.
Na França, o Le Monde noticiou que Bolsonaro foi detido após condenação por tentativa de golpe de Estado, destacando o “risco de fuga” identificado pelo STF.
Nos Estados Unidos, o Washington Post relatou que a prisão foi ordenada após a constatação de que a tornozeleira eletrônica havia sido adulterada, lembrando que o ex-presidente já foi condenado por tentativa de golpe e chamou atenção para sua proximidade com Donald Trump.
A repercussão também ocorreu na Argentina: o Clarín informou que o STF determinou a prisão porque Bolsonaro rompeu a tornozeleira, citando o alerta de violação registrado logo após a meia-noite e a avaliação de Moraes de que o ato poderia indicar intenção de fuga em meio à vigília convocada por Flávio Bolsonaro.
No Catar, o Al Jazeera noticiou que Bolsonaro, de 70 anos, foi levado de casa à sede da Polícia Federal em Brasília após a determinação do Supremo.
Prisão preventiva
No Brasil, a PF confirmou que cumpriu mandado de prisão preventiva expedido no âmbito da ação penal que apura tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
A decisão veio após a convocação de uma vigília em frente ao condomínio do ex-presidente e diante de indícios de violação da tornozeleira eletrônica.
Moraes também determinou a realização de audiência de custódia por videoconferência neste domingo, 23, e a garantia de atendimento médico contínuo ao ex-presidente enquanto estiver custodiado na PF.