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Descumprimento de medidas

Veja posts que levaram Moraes a ordenar prisão domiciliar de Bolsonaro

Decisão descreve vídeos, discursos e publicações nas redes sociais feitas por filhos e aliados de Bolsonaro como tentativa de burlar medidas cautelares impostas ao ex-presidente.

Da Redação

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Atualizado em 5 de agosto de 2025 07:54

Na decisão que determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, ministro Alexandre de Moraes elencou uma série de manifestações públicas, vídeos e postagens nas redes sociais que, segundo o ministro, violam as medidas cautelares impostas anteriormente ao ex-presidente.

De acordo com o relator, as publicações demonstram um padrão de comportamento voltado a manter o modus operandi ilícito por meio de milícias digitais, mesmo após as restrições judiciais impostas anteriormente.

Veja, a seguir, os principais episódios destacados na decisão.

 (Imagem: Arte Migalhas)

Diversos posts em redes sociais levaram ministro Alexandre de Moraes a determinar prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.(Imagem: Arte Migalhas)

Moraes, o censor

O primeiro ponto de destaque na decisão foi a reprodução, por Eduardo Bolsonaro, de discurso atribuído ao ex-presidente durante sessão na Câmara dos Deputados, que foi gravado e divulgado momentos após o pronunciamento, com amplo alcance nas redes sociais.

Segundo Moraes, trata-se de "material pré-fabricado", elaborado para ser compartilhado por terceiros como forma de burlar a cautelar.

O discurso ataca diretamente o ministro Alexandre de Moraes e o STF:

"A escalada autoritária promovida por Alexandre de Moraes acaba de atingir outro patamar. [...] Moraes se tornou juiz, legislador e censor. Tudo ao mesmo tempo. [...] Essa foi a verdadeira abolição do Estado Democrático de Direito. [...] Ou reagimos agora ou será tarde demais."

 (Imagem: Reprodução/Facebook)

Eduardo Bolsonaro reproduziu discurso da Câmara dos Deputados em post no Facebook.(Imagem: Reprodução/Facebook)

Para o relator, esse tipo de conteúdo representa a continuidade do comportamento delitivo anteriormente reprimido, e a utilização deliberada de estruturas parlamentares e familiares para desrespeitar decisões judiciais.

Participação por videochamada

Em 3/8/2025, Bolsonaro participou por telefone de uma manifestação em Copacabana.

O vídeo da ligação foi publicado no Instagram por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro. Na ligação, Bolsonaro dirige-se aos manifestantes em tom de apoio e incentivo.

Após a repercussão, Flávio Bolsonaro apagou a postagem, o que, segundo Moraes, reforça a intenção de ocultar o descumprimento.

Obrigado, América!

Ainda no Instagram, Flávio Bolsonaro publicou vídeo com bandeira americana e a legenda:

"Obrigado, Estados Unidos, por nos ajudar a resgatar nossa democracia!"

Para Moraes, o conteúdo apoia sanções econômicas ao Brasil como forma de pressão ao STF.

 (Imagem: Reprodução/Instagram)

Flávio Bolsonaro fez postagem no Instagram agradecendo apoio dos EUA.(Imagem: Reprodução/Instagram)

Sigam Jair

Também em 3/8, Carlos Bolsonaro publicou imagem do pai e pediu que seguissem o perfil de Jair Bolsonaro, mesmo ciente da proibição imposta ao uso de redes sociais.

 (Imagem: Reprodução/X)

Na conta do X, Carlos Bolsonaro fez post pedindo que pessoas seguissem o pai na rede social.(Imagem: Reprodução/X)

Nem Paris

O deputado Federal licenciado Eduardo Bolsonaro também participou da manifestação, proferindo falas consideradas ameaçadoras ao STF. Em uma delas, disse:

"Em breve, nem Paris haverá mais para eles."

A declaração foi registrada pela revista Veja, que cobriu o ato.

No celular de Nikolas

Na mesma data, Bolsonaro apareceu por chamada de vídeo exibida pelo deputado Nikolas Ferreira durante a manifestação, com críticas diretas ao STF.

A participação foi transmitida em plataformas digitais.

 (Imagem: Reprodução/YouTube)

Deputado Federal Nikolas Ferreira ligou para Bolsonaro durante ato em defesa do ex-presidente.(Imagem: Reprodução/YouTube)

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