Defesa minimiza Heleno em live: "se fosse STF, assessores seriam alvo"
Advogado afirmou que general apenas estava ao fundo, mexendo no celular, durante transmissão de Bolsonaro em 2021.
Da Redação
quarta-feira, 3 de setembro de 2025
Atualizado às 10:19
No segundo dia de julgamento da ação penal contra oito réus acusados de tentativa de golpe de Estado, o advogado Matheus Milanez, que defende o general Augusto Heleno, questionou no STF a acusação da PGR que apontou a presença do militar em uma live de Jair Bolsonaro em julho de 2021 como indício de apoio às críticas às urnas eletrônicas.
O defensor iniciou sua manifestação destacando que a transmissão não comprova qualquer envolvimento de Heleno. Segundo ele, se a lógica da acusação fosse levada adiante, "todos os assessores sentados ao fundo estariam envolvidos, pois da mesma forma estava o general Heleno".
Milanez reforçou que o general não teve participação ativa.
"Ele não se manifestou, ele não falou, ele estava mexendo no seu telefone. Foi isso que aconteceu, mas para o Ministério Público, isso é uma prova indelével de participação. Com todas as vênias, carece de força."
A live em questão foi marcada por falas do ex-presidente sobre supostas fraudes nas eleições de 2014 e 2018. Bolsonaro exibiu vídeos de programadores e sustentou a existência de vulnerabilidades no sistema eletrônico de votação, mas não apresentou provas concretas.
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