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Veja quais autoridades brasileiras foram alvo das sanções dos EUA

Medidas do governo Trump vêm se ampliando e já alcançam nomes centrais do sistema de Justiça brasileiro.

22/9/2025

As sanções anunciadas pelos Estados Unidos contra autoridades brasileiras, no âmbito da Lei Global Magnitsky, já atingem 15 nomes no Judiciário, Ministério Público e Advocacia Pública.

O alvo inicial foi o ministro Alexandre de Moraes que permanece como único atingido por todas as medidas previstas na lei, incluindo bloqueio de ativos sob jurisdição americana e restrições financeiras.

Já em relação às demais autoridades, a sanção se limitou à revogação de vistos de entrada nos EUA, estendendo-se também a familiares diretos.

Até o momento, 15 autoridades do Judiciário nacional foram sancionadas pelos EUA. (Imagem: Arte Migalhas)

Ministros do STF

Desde julho, oito ministros do Supremo foram incluídos na lista:

Segundo a Casa Branca, as medidas se relacionam à atuação do Supremo em julgamentos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e os réus dos atos de 8 de janeiro.

Permanecem de fora apenas Luiz Fux, André Mendonça e Nunes Marques. Os dois últimos indicados ao STF pelo próprio Bolsonaro.

MP e Advocacia Pública

O atual procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, e o advogado-geral da União, Jorge Messias, também tiveram os vistos cancelados. 

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Ambos têm atuação direta em processos relacionados à defesa da ordem constitucional e às investigações sobre tentativa de golpe de Estado.

Outro nome incluído foi o do ex-AGU José Levi, que em 2022 chefiou a secretaria-geral da presidência do TSE, então sob comando de Moraes.

STJ

As sanções alcançaram ainda o ministro Benedito Gonçalves, que relatou as ações de investigação eleitoral no TSE que levaram à inelegibilidade de Jair Bolsonaro.

Auxiliares de Moraes

Além das autoridades de cúpula, três magistrados que atuaram como juízes auxiliares de Moraes no STF e no TSE também perderam seus vistos:

Escalada de tensões

A ampliação das sanções ocorre em meio à deterioração das relações entre Washington e Brasília após a condenação de Bolsonaro pelo Supremo.

O presidente norte-americano, Donald Trump, já havia antecipado que medidas seriam ampliadas contra autoridades brasileiras, sob alegação de supostos abusos de poder e restrições à liberdade de expressão.

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