Veja quais obras jurídicas concorrem ao Prêmio Jabuti Acadêmico 2025
Indicações da categoria Direito abordam temas como escravidão, redes sociais, ensino jurídico na ditadura, algoritmos e participação feminina.
Da Redação
terça-feira, 15 de julho de 2025
Atualizado às 17:39
A Câmara Brasileira do Livro anunciou os semifinalistas da 2ª edição do Prêmio Jabuti Acadêmico, voltado à valorização da produção científica e técnica no país.
Na categoria Direito, dez obras foram selecionadas por sua relevância, originalidade e contribuição ao pensamento jurídico contemporâneo.
Criado em 2024 como desdobramento do tradicional Prêmio Jabuti, o braço acadêmico da premiação tem como foco livros de natureza científica, profissional e universitária, divididos em cinco eixos do conhecimento.
Os finalistas da categoria Direito serão conhecidos em 22 de julho, e os vencedores, em cerimônia marcada para 5 de agosto, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo.
Além do prestígio e da estatueta, os livros premiados integram a "Jabuteca", biblioteca que circula em feiras e eventos internacionais como símbolo da produção intelectual brasileira. A iniciativa é parte do esforço da Câmara Brasileira do Livro, em parceria com a ApexBrasil, para ampliar a presença editorial do Brasil no exterior.
Entre os indicados, destacam-se nomes conhecidos do meio jurídico, como o ministro do STF Alexandre de Moraes, com obra sobre populismo digital, e o constitucionalista André Ramos Tavares, que propõe uma reflexão sobre o Direito na era das plataformas digitais.
Também há espaço para abordagens históricas, como a de Mateus Rocha Tomaz, que revisita o ensino jurídico durante o Estado Novo, e a de Bruno Rodrigues de Lima, que resgata a atuação do jurista abolicionista Luiz Gama.
Veja a lista completa dos semifinalistas da categoria Direito:
- A história não contada da teoria geral do Estado no Brasil: juristas adaptáveis, ditadura e ensino jurídico no Estado Novo (1937-1945), de Mateus Rocha Tomaz (Editora Contracorrente);
- A nova matrix: direito (re)programado na civilização plataformizada, de André Ramos Tavares (Editora Etheria);
- Antropologia e estudos sociojurídicos: a construção de um campo de pesquisa interdisciplinar, de Orlando Villas Bôas Filho (Editora Mandaçaia);
- Assombros da Casa-Grande: a Constituição de 1824 e as vidas póstumas da escravidão, de Marcos Queiroz (Editora Fósforo);
- Democracia e redes sociais: o desafio de combater o populismo digital extremista, de Alexandre de Moraes (Editora Atlas);
- Democracia, eleições e participação feminina: elas pensam o Brasil, organizado por Aline Osorio e Letícia Giovanini Garcia (Editora Fórum);
- Direito e Verdade, de Fábio Ulhoa Coelho (Editora WMF Martins Fontes);
- Gestão de crises e diversidade: 21 estratégias para prevenção e transformação de crises discriminatórias, de Fabiano Machado da Rosa (Thomson Reuters Brasil);
- Luiz Gama contra o Império: a luta pelo direito no Brasil da escravidão, de Bruno Rodrigues de Lima (Editora Contracorrente);
- Princípio constitucional da ampla defesa da vítima, de Kledson Dionysio de Oliveira e Valerio de Oliveira Mazzuoli (Thomson Reuters Brasil).
As obras abordam uma ampla variedade de temas: desde questões constitucionais, raciais e de gênero até os desafios do Direito na era digital, o ensino jurídico e os impactos sociais do ordenamento jurídico brasileiro.
A lista dos cinco finalistas será divulgada em 22 de julho. O vencedor da categoria receberá, além da estatueta, um valor em dinheiro e o reconhecimento da comunidade científica e editorial.