Ao votar no caso em que o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados são acusados de tentativa de golpe de Estado, ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, ironizou a versão apresentada pela defesa ao tratar das provas relacionadas ao chamado "Plano Punhal Verde Amerelo".
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Moraes destacou que o general Mário Fernandes, então segundo na secretaria de Governo chefiada pelo general Ramos, imprimiu o documento no Palácio do Planalto em 9/11/21 e, no mesmo dia, esteve no Palácio da Alvorada por mais de uma hora com o então presidente.
"Não é crível, não é razoável, achar que Mário Fernandes imprimiu, se dirigiu ao Palácio, onde lá estava o presidente, ficou uma hora e seis minutos e fez barquinho de papel com a impressão punhal verde-amarelo. Isso é ridicularizar a inteligência do tribunal", afirmou Moraes.
Segundo o relator, o registro da Polícia Federal comprova a entrada e saída do general no Alvorada no dia em que o documento foi produzido. Para Moraes, os fatos reforçam a tese de que o plano golpista contou com conhecimento e participação de Bolsonaro.
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